segunda-feira, 4 de abril de 2011

SOZINHO

Por
Luiz Alpiano Viana
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Se eu tiver de escrever um poema para você, acordarei até no meio da noite, mesmo desfalecido e sonolento, mas não perderei a oportunidade de fazê-lo.
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Se num dado momento me faltar inspiração, tomarei sua última fotografia nas mãos e nos seus olhos me espelharei, empanturrando-me de gozo e paixão.
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Quando não mais encontrar rima, olharei o firmamento calmo e majestoso e me lembrarei que um dia seus lábios me levaram às alturas, e naquele instante nem pensei que sou humano, acredite!
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Nesse lento sofrimento, o poeta esquece sua pequenez e lembra apenas de alimentar o desejo, e escreve uma frase de amor mesmo em miniatura.
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Os versos brancos me atormentam, magoam-me e me trituram os mais profundos sentimentos.
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Não encontro para minha encantadora musa, palavras de carinho tão belas quanto seus gestos femininos nas noites frias de lua.
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Começo a agitar-me, não encontro um ritmo que me dê postura.
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Caminho sozinho pela sombra das árvores e quando olho em volta vejo bem perto um vulto. É você? Sozinha como eu? Fale-me por quem procura!



LiChtgesTalt

Um comentário:

  1. Gostei muito do poema pena que não foi vc que escreveu. Da próxima vez quero ver algo escrito por vc,com suas próprias palavras,já vi muita coisa legal que vc escreveu por aqui, então sei que vc tb tem uma grande inspiração para escrever belas coisas no seu blog.
    Vou voltar aqui para conferir.
    Abraços,

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